Uma enquete divulgada nesta segunda-feira pela Universidade Ben Gurion do Neguev mostra que 81% dos israelenses quer que seu país entre na União Europeia (UE), índice 12% mais alto que em 2009.
A pesquisa, que entrevistou mil pessoas no início de junho, aponta que 43% dos israelenses aposta por reforçar as relações com a UE, mais dos que defende por se aproximar da ONU (20%) e da Otan (7%).
“Os resultados mostram que o público israelense vê a União Europeia como um ator crucial e que os israelenses acreditam em uma maior cooperação e não no isolamento”, opina seu autor, Sharon Pardo, diretor do Centro de Estudos de Política e Sociedade Europeias da universidade, situada na cidade de Be”er Sheva, no sul do país.
Do total, 47% dos consultados sente mais simpatia pela UE porque o grupo apoia a criação de um Estado palestino como única base para resolver o conflito do Oriente Médio, enquanto 19% vai além e assegura que apoiaria ainda mais os 27 se iniciassem um diálogo com o movimento islamita Hamas, boicotado por Bruxelas, ONU, EUA e Rússia desde que venceu em 2006 as últimas eleições legislativas palestinas.
Por outra parte, o líder europeu melhor avaliado (55% de aceitação) é Angela Merkel, chanceler da Alemanha, um dos países da UE que mais apoia diplomaticamente o Estado judeu.
Em outros dados, a maioria dos israelenses apoia o ingresso de seu país na Aliança Atlântica: 68 %, 14 % mais que em 2009 enquanto uma porcentagem similar, de 64 % (54% em 2009), apoiaria um desdobramento de forças da Otan em Gaza e Cisjordânia para preservar um eventual acordo de paz com os palestinos.