“Fórum das Mulheres na Política 2024” traz candidatas à vereadora da Câmara Municipal de São Paulo

Evento do Advocacy ELF/FISESP reuniu 53 pessoas e ocorreu na sede da Federação Israelita SP

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Da esquerda para a direita, Cila Schulman, Aline Torres, Cris Monteiro, Elza Paulina de Souza, Marcia Raicher e Patricia Gama, falam ao público. Foto: Gabriel Kosman.

No último dia 23, ocorreu o evento “Fórum das Mulheres na Política 2024”, uma iniciativa do Advocacy, uma das quatro comissões existentes dentro do ELF (Empoderamento e Liderança Feminina), da Federação Israelita SP, que foi criada em 2020 e possui 12 participantes, se constituindo do posicionamento, diretrizes e políticas públicas junto à sociedade e suas instituições locais e internacionais. O encontro, que teve um público de 53 pessoas, contou com as candidatas à vereadora da Câmara Municipal de São Paulo Aline Torres (MDB), Cris Monteiro (Novo), Elza Paulina de Souza (MDB), Marcia Raicher (PSD) e Patricia Gama (PSB) e foi mediado pela jornalista especializada em Comunicação Política Cila Schulman. 

Miriam Vasserman, vice-presidente da Federação Israelita SP e coordenadora do ELF, ressaltou que a participação feminina na política é um pilar fundamental para a criação de uma sociedade mais equitativa. “A presença de cada uma de vocês nesta noite, fortalece essa causa.” 

Ela continuou, dizendo que o evento era uma oportunidade única de escutar as vozes femininas que estão prontas para transformar São Paulo, trazendo soluções inovadoras e inclusivas que refletem na diversidade da cidade. 

Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita SP, colocou que esse debate era importante para que se pudesse ouvir o que as candidatas esperavam da comunidade e o que a comunidade esperava das candidatas. “Nós, como Federação, não temos nenhum candidato. Queremos que saibam que a comunidade vai apoiar quem estiver na Câmara fazendo o bem para São Paulo.” 

Ricardo Berkiensztat, presidente executivo da Federação Israelita SP, falou sobre a importância de se votar com consciência nessas eleições. “Cada um de nós é um voto muito importante. Que possamos ter uma São Paulo melhor, um Estado melhor. Um país melhor.” 

Luciana Feldman, coordenadora do Advocacy ELF/FISESP, pontuou que é muito importante ouvir as propostas de mulheres que trabalham pela causa da mulher, mas também pela comunidade.

Diante da crescente onda de antissemitismo e desinformação acerca da existência do Estado de Israel, Cris Monteiro afirmou: “Atualmente e infelizmente, muito da parte do conteúdo pedagógico pode considerar o Holocausto com uma visão negacionista. E não podemos permitir isso. Já existem muitas pessoas que acreditam que o Holocausto nunca existiu. Há pessoas que duvidam disso. E sabemos que de fato, aconteceu o maior genocídio  da história da sociedade contemporânea. Se não ensinamos isso nas nossas escolas, vamos, obviamente, criar uma sociedade que tende a repetir o erro que ocorreu há pouco mais de 80 anos atrás.” 

Elza Paulina lembrou de quando presenciou uma violência contra a comunidade, entre 2017 e 2018, na época em que atuava no projeto Guardiã Maria da Penha, que visa prevenir e combater a violência contra as mulheres, monitorar o cumprimento das normas penais que garantam sua proteção e a responsabilização dos agressores, além de acolher e orientar essas mulheres. “A comunidade tem nos auxiliado nesse processo de capacitação e enfrentamento diante dessas ocorrências.”

Marcia Raicher comentou sobre os programas de assistência social que a comunidade oferece. “Existem algumas ações que são muito importantes e que são desconhecidas pela população de São Paulo, que muitas vezes, rotula a comunidade judaica como egoísta e que só trabalha entre si. E não é verdade. Vou dar um exemplo: quando caiu aquele prédio no Centro da cidade, que pegou fogo, o Ten Yad foi a primeira instituição a levar comida para as pessoas que estavam precisando. Mas isso passou batido.” 

No que diz respeito à saúde mental da mulher, Patricia Gama pontuou que pretende trazer à rede municipal, um tratamento específico para a mulher que saiu de um ciclo de violência. “Precisamos aumentar o número de psicólogos nos CAPS (Centros de Atendimento Psicossocial).”

Por fim, Aline Torres, no quesito ‘cultura’, colocou que é preciso fomentar o artista na periferia. “A cultura na periferia tem sido um elo muito forte, por através dela, conseguimos com que esse jovem se expresse de uma maneira que não se expressaria dentro de casa ou na escola.”