“Abravanel – Viagens de Influências e Sabedoria” conta a história de ancestral de Silvio Santos

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Família Abravanel foi homenageada durante o evento

Com prefácio do escritor Leandro Karnal e do ex-reitor da USP, Jacques Marcovitch, o livro “Abravanel – Viagens de Influências e Sabedoria”, de autoria do rabino Samy Pinto, destaca a história do rabino, escritor, diplomata e estadista Dom Isaac Abravanel, autor de mais de 60 livros durante a Inquisição e ancestral de Senor Abravanel, mais conhecido como Silvio Santos.

O livro foi lançado no domingo (3 de outubro) na sinagoga Ohel Yaacov, em São Paulo, e contou com a presença de um grupo restrito de pessoas – lideranças judaicas, como os presidentes da Conib, Claudio Lottenberg, e da Federação Israelita do Estado de S.Paulo (Fisesp), Luiz Kignel -, dos patronos do Templo, da esposa e filhas de Silvio Santos e de outros envolvidos no projeto. Silvio Santos não pode comparecer por razões de saúde, mas manifestou gratidão pela homenagem e pelo acolhimento de sua família.

O rabino Samy Pinto conta que o evento foi idealizado para homenagear a família Abravanel, que, assim como seu ancestral Dom Isaac Abravanel, é comprometida com os valores judaicos e como forma de agradecer a Silvio Santos pelo apoio na construção e manutenção da sinagoga Ohel Yaacov. O rabino Samy Pinto observou que o fato de o próprio lançamento do livro, e a homenagem ao Senor Abravanel ter ocorrido em numa sinagoga, teve um caráter espiritual. Ele lamentou a ausência de Silvio Santos no evento, mas lembrou que, de acordo com o judaísmo, a esposa é a casa da família e que, portanto, a família estava muito bem representada. Iris e Daniela fizeram um discurso emocionado no evento, lembra o rabino Samy Pinto.

Antes do lançamento do livro, a família Abravanel participou de um curso sobre a história de seu antepassado. A esposa de Silvio Santos, Iris, e as filhas Renata e Rebeca participaram desses encontros. As demais filhas – Silvia, Cínthia, Daniela e Patricia – não participaram desse processo, mas todas estiveram presentes no lançamento do livro junto com a mãe, exceto Rebeca, que, por morar nos EUA, não pode vir ao Brasil por causa das restrições pela pandemia de Covid. Entretanto, Rebeca teve importante participação em todo esse processo. Foi ela a responsável pela concretização e publicação do livro, destaca o rabino Samy Pinto.

Entre as curiosidades da história do rabino Dom Isaac Abravanel, Samy Pinto destaca o fato de ele ter sido ministro das Finanças em Portugal e de ter estado próximo dos imperadores da Espanha e da Itália e das autoridades da Grécia, apesar da situação que o povo judeu enfrentava naquela época.

Em 1492, houve a expulsão dos judeus da Espanha e, por ironia do destino, foi graças ao conhecimento científico e tecnológico dos judeus e dos cristãos novos perseguidos pela Inquisição que as grandes navegações foram facilitadas, levando à descoberta das Américas.

Nesse contexto de perseguição aos judeus no período, Dom Abravanel ainda mantinha forte influência na Espanha e chegou a receber convite dos reis Fernando e Isabel para ficar no país, mas preferiu seguir com seu povo. A família Abravanel é originária de Sevilha, mas Dom Isaac Abravanel nasceu em Lisboa. Mas o sábio apenas escreveu em hebraico para dialogar com o seu povo.

A edição do livro, que tem na capa as cores da bandeira da Espanha – vermelho e amarelo -, contou com o apoio de Fábio Burg, fundador e CEO da RAI. Foi ele também que sugeriu o título do livro, que é o sexto do rabino Samy Pinto sobre os sábios de Israel.

Capa do livro
Daniela Abravanel Beyrutti, Iris Abravanel e Claudio Lottenberg
Rabino Samy Pinto e Iris Abravanel
O presidente da Fisesp, Luiz Kignel