Bonecos articulados, com mudas de roupas e acessórios personalizados são comuns em lojas de todo o país. Mas um trio em especial, à venda em uma loja na rua da Consolação, no centro de São Paulo, chamou a atenção por um diferencial polêmico: ser a representação fiel de Hitler e de dois outros oficiais da Alemanha nazista. À venda no aniversário da morte de Hitler, dia 30 de abril, o que mais chamava a atenção era o boneco de Heinrich Himmler, chefe da polícia e figura-chave na organização do Holocausto. Muito detalhado e realista, Himmler vem em uma caixa com outras gravatas, um uniforme adicional e sapatos extras para serem combinados.
Os bonecos incomodaram a comunidade judaica. As áreas Jurídica e de Segurança da Federação, tomaram as providências cabíveis para impedir a venda dos bonecos.
O dono da loja, afirmou que os produtos “eram apenas a representação de figuras históricas. Na própria caixa está escrito que é apenas um boneco e que não há a intenção de ofender as pessoas ou apoiar os crimes cometidos durante a guerra”. Mesmo assim, ele entendeu o incomodo causado e vai retirar os bonecos da loja.
Após analisar as fotos dos bonecos feitas pela reportagem, a Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), da Polícia Civil, informou que irá avaliar se a venda deles representa ou não algum tipo de apologia ao nazismo