Carta às organizações internacionais exige intervenção para libertação das mulheres e meninas mantidas reféns pelo Hamas

Documento foi enviado pelo Grupo de Empoderamento e Liderança Feminina (ELF), da Federação Israelita do Estado de São Paulo

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Familiares protestam pedindo a libertação dos reféns das mãos do Hamas. Fonte da imagem: R7.

Na última segunda-feira, 4, o Grupo de Empoderamento e Liderança Feminina (ELF), da Federação Israelita do Estado de São Paulo, enviou a intitulada “Carta às Organizações Internacionais em Nome das Mulheres e Meninas Reféns”, cujos destinatários são o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, em Genebra, na Suíça, ONU Mulheres, em Nova York, Reem Alsalem, Relatora Especial sobre a Violência Contra Mulheres e Meninas, Mama Fatima Singhateh, Relatora Especial sobre Exploração e Abuso Sexual de Crianças, Alice Jill Edwards, Relatora Especial sobre Tortura e Outros Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes, Livingstone Sewanyana, Especialista Independente em Promoção de uma Ordem Internacional Democrática e Equitativa e Outros Representantes das Nações Unidas para os Direitos Humanos. 

“Prezados (as) Senhores (as), já se passou mais de um ano desde os atos de extrema violência e desumanidade cometidos pelo grupo terrorista Hamas, que resultaram em inúmeras vidas perdidas e deixaram mulheres e meninas no cativeiro, submetidas a condições sub-humanas,” começou a carta. 

“Nós, do Grupo de Empoderamento de Liderança Feminina da Federação Israelita do Estado de São Paulo, escrevemos em memória das vítimas que pereceram e em defesa das que ainda suportam esse cativeiro cruel, sendo sujeitas a abusos e torturas inimagináveis.”, continua o documento.

“Relatos e testemunhos denunciam a violência sexual, a tortura física e psicológica, e a privação da dignidade humana que essas mulheres e meninas continuam a sofrer nas mãos do Hamas. Como organismos internacionais incumbidos da defesa dos direitos humanos, pedimos que intervenham com urgência. É imperativo que se exija a libertação imediata das reféns e que medidas sejam tomadas para garantir sua segurança e dignidade”, consta, no manifesto. 

“Soltem-nas já! As Nações Unidas e os organismos de direitos humanos devem agir sem hesitação. É uma questão de justiça e respeito pela vida humana. Não podemos aceitar que tamanha crueldade seja ignorada ou relativizada. Como disse Aleksander Solzhenitsyn: Ao silenciarmos sobre o mal, estamos o arraigando.” Que o silêncio não permita que esse sofrimento continue,” continua a carta. 

“Em nome da memória das que pereceram e da justiça para as que ainda resistem, solicitamos sua intervenção imediata. A humanidade de nossa sociedade depende de não ignorarmos esse sofrimento e de tomarmos ação imediata para cessá-lo. Atenciosamente, Grupo de Empoderamento e Liderança Feminina da Federação Israelita do Estado de São Paulo”, finaliza o documento. 

A carta é assinada pela Secretária Geral Celia Parnes, da Confederação Israelita do Brasil – CONIB, por Deborah Sutton Chammah, Gerente de Educação da StandWithUs Brasil SWU, Deborah Kaminitz Jacosberg, Presidente da Comunidade Shalom, Denise Zaclis Antão, Diretora do Embaixadoras da Confederação Israelita do Brasil – CONIB, Eliana Bobrow Falbel, Presidente da Divisão Feminina Fundo Comunitário Keren Hayesod, Elisa Nigri Griner, Vice Presidente do Conselho Deliberativo da Hebraica, Ida Sztamfater, Presidente do Amigos Einstein da Oncologia e Hematologia, Isabel Cohn, Presidente do Templo Beth-El São Paulo, Joyce Markovits, Presidente da Naamat São Paulo, Laura Feldman, Presidente da Congregação Israelita Paulista – CIP, Liora Steinberg Alcalay, Presidente da União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social – UNIBES, Miri Wajsblat, Presidente da Emunah Brasil, Miriam Vasserman, Vice Presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo – FISESP, Olga Teperman, Presidente da Wizo São Paulo, Ruth Goldberg, Presidente do Instituto Brasil Israel IBI, Sheila Szymonowicz, Vice Presidente da Associação ATID e Telma Sobolh, Presidente do Voluntariado do Hospital Israelita Albert Einstein.