Uma cerimônia foi realizada neste domingo em Tóquio pelos 11 atletas israelenses assassinados nas Olimpíadas de Munique, em 1972, dias após outro evento em homenagem às vítimas do ataque ter sido realizado na abertura das Olimpíadas, de acordo com matéria no Times of Israel.
A cerimônia foi realizada na embaixada de Israel no Japão e contou com a presença de atletas israelenses que participaram dos jogos de Tóquio, familiares das vítimas e o presidente do Comitê Olímpico Internacional.
“Embora 49 anos já tenham se passado, a tragédia ainda está gravada em nossa memória coletiva e sempre estará”, disse o embaixador de Israel no Japão, Yaffa Ben-Ari. “A memória de nossas vítimas serve não apenas como um lembrete aos líderes do Estado de Israel do imperativo de cuidar da vida do povo judeu, mas também lembra aos líderes do mundo que, para lutar contra o mal, nós todos temos que estar unidos e condenar o terrorismo”
Ankie Spitzer, viúva do técnico de esgrima israelense Andre Spitzer, agradeceu ao presidente do COI Thomas Bach pelo gesto na cerimônia de abertura, chamando o evento de “momento glorioso” quando “finalmente nossos 11 entes queridos foram reconhecidos como membros da família olímpica e não eram mais ignorados por serem judeus e israelenses”.
“Às vezes, basta um homem para fazer a diferença”, disse ela, depois de fazer uma oração de agradecimento, Shechiyanu, no início de seus comentários.
“Nossas feridas profundas das Olimpíadas de Munique nunca vão cicatrizar, mas a vida parece diferente hoje – muito mais brilhante e esperançosa”, acrescentou ela.
“Nós sabemos que nenhuma cerimônia e nenhuma homenagem podem preencher o vazio deixado por aqueles cujas vidas foram tiradas com tanta violência. Com esses atos de lembrança, queremos honrar sua memória, ao mesmo tempo que tentamos fechar as feridas do passado”, completou.
Os atletas assassinados em Munique foram lembrados pela primeira vez em cerimônia durante as Olimpíadas de 2016, no Rio.
Nas Olimpíadas de 1972, 11 atletas israelenses foram assassinados pelo grupo terrorista palestino setembro Negro. Dois israelenses foram mortos na Vila Olímpica e outros 9 foram mantidos reféns pelo grupo. Mas, após uma tentativa fracassada das forças de segurança alemãs de libertar os reféns, os terroristas disparam contra os israelenses, matando todos eles.
As 11 vítimas são: David Berger, Ze’ev Friedman, Yoseff Gutfreund, Moshe Weinberg, Yoseff Romano, Mark Slavin, Eliezer Halfin, Yakov Springer, Andre Spitzer, Amitzur Shapira e Kehat Shorr. Eles iriam participar de eventos que incluíam luta livre, esgrima, levantamento de peso e atletismo.
Fonte: Agência Brasil / Foto: Marko Djurica – Reuters