Em 2013, a Associação Cemitério Israelita de São Paulo completa nove décadas de existência
Fundada em 23 de fevereiro de 1923, como Sociedade Cemitério Israelita, a instituição surgiu da organização das entidades Comunidade Israelita de São Paulo, Congregação Israelita “Askenazi” e “Synagoga” Centro Israelita, com o objetivo de administrar o primeiro cemitério israelita da capital, de Vila Mariana, criado então há três anos.
Hugo Lichtenstein foi o primeiro presidente e a diretoria era então constituída de dois membros de cada uma das três entidades fundadoras.
Atualmente, a Chevra Kadisha é comandada por uma equipe de diretores voluntários, que se dedicam em mandatos trienais.
Com uma gestão profissional e padrão exemplar de serviços, zela pelos rituais funerários da tradição judaica, sempre preocupada em não deixar de atender nenhum integrante do ishuv por falta de recursos, e cuida de aproximadamente 32 mil túmulos nos quatro campos santos israelitas – Butantã, Cubatão, Embu e Vila Mariana.
A Chevra também participa de forma efetiva da valorização da memória da história do povo judeu, promovendo e apoiando eventos importantes, como a Marcha da Vida, que ocorre a cada dois anos e culmina no monumento em homenagem às vítimas do nazismo, no Butantã, além das celebrações anuais do Yom Hashoá e do Kever Avot.
Vale destacar que o Cemitério Israelita de Cubatão foi tombado pelo patrimônio histórico do município em 2010, sendo constantemente fonte de pesquisas, livros e reportagens sobre as imigrantes polacas ali sepultadas, cuja lápide mais antiga data de 1924 e a mais recente, de 1966.
Recentemente, no Cemitério Israelita da Vila Mariana, hoje um local de preservação da memória judaica em São Paulo, a Chevra inaugurou um memorial histórico, na antiga Casa de Tahara, aberto ao público.
Por sua vez, o Cemitério Israelita do Embu possui uma área denominada Museu Aberto, que abriga sepulturas de integrantes do ishuv, cujos corpos, por motivos diversos, haviam sido enterrados em cemitérios não judaicos. Os vestígios foram recolhidos pela Chevra de cemitérios municipais e particulares do Estado, garantindo a mitzvá de oferecer uma sepultura judaica àqueles que não tiveram a oportunidade por ocasião do falecimento.
Desde 2008, a Chevra se concentra na gestão do Fundo Perpétuo de Preservação, se precavendo contra o risco futuro dos campos santos se tornarem locais abandonados, como já acontece em alguns países da Europa e também nos Estados Unidos.
Para mais informações, visite o site www.chevrakadisha.org.br.