Por ocasião do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, a Federação Israelita do Estado de São Paulo e a Congregação Israelita Paulista (CIP), em parceria com a Confederação Israelita do Brasil (Conib), a Unibes e o Consulado Geral de Israel em São Paulo promoveram neste domingo, 25 de janeiro, na Sinagoga da Congregação Israelita Paulista (CIP), um Ato Solene.

Além de lideranças judaicas e de sobreviventes do Holocausto o evento contou com a presença de autoridades políticas, religiosas e comunitárias, entre elas: os senadores Eduardo Suplicy e José Serra, o secretario de Desenvolvimento Social Floriano Pesaro, o secretario Municipal de Relações Governamentais, Alexandre Padilha, o presidente da Câmara Municipal, Antonio Donato, o vereador Gilberto Natalini, o prefeito de Tietê, Manoel David e o presidente da OAB, Marcos da Costa, além dos cônsules da França, Alemanha, Estados Unidos, Republica Tcheca, Peru, Nigéria e Coréia do Sul.

Durante o evento foram homenageadas as vítimas dos atentados em Paris, além do ator Caco Ciocler, diretor de “Este Viver Ninguém me Tira”, juntamente com a neta e a bisneta de Aracy Guimarães Rosa, retratada no documentário. O jornalista Roberto Cabrini, responsável por uma reportagem especial que narra a vida do sobrevivente do Holocausto e Samuel Klein também recebeu uma homenagem, juntamente com Rafael Klein, neto do fundador das Casas Bahia.

A solenidade conduzida pelos rabinos Michel Schlesinger e Ruben Sternschein contou com o acendimento de seis velas em homenagem aos sobreviventes e com discursos de Celia Parnes, Mario Fleck, Yoel Barnea, Floriano Pesaro e do sobrevivente Ben Abraham. Todos destacaram a importância da lembrança do Holocausto como um sinal de alerta sobre os limites além dos quais não podemos ficar passivos.

Um dos pontos altos do evento foi o momento em que subiram ao palco representantes de diversas religiões, que juntos acenderam uma das velas.

“Não adianta absolutamente nada homenagearmos a memória dos que pereceram vítimas da barbárie do Holocausto se não conectarmos este ato comgestos e atitudes presentes que de fato modifiquem a realidade da convivência do ser humano de bem, com aqueles igualmente seres, porém muito menos humanos”, destacou Mario Fleck em seu discurso. “Os judeus até hoje foram as vítimas do mal, quase sempre os primeiros, mas nunca os únicos. Precisamos entender que o totalitarismo, o fascismo, e o radicalismo religioso não são tratáveis. O pior exemplo disto é o Irã, que sucessivamente vem enganando o Ocidente com o seu programa nuclear e aqui na América Latina usaram suas Embaixadas para cometer atos terroristas contra Judeus. Temos que protestar e nos manifestar”, complementou o presidente da Fisesp.

O evento, que contou com o apoio da Agência Judaica para Israel, do KKL Brasil, Sherit Hapleitá e da Pit Cult, foi finalizado com a execução do hino de Israel, entoado por todo o público que lotou a Sinagoga Etz Chaim.

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, em 2005, uma resolução em que institui o dia 27 de janeiro como o Dia Internacional de Recordação dasVítimas do Holocausto. Em São Paulo, uma lei municipal de autoria do vereador Floriano Pesaro estabeleceu a mesma data, a partir de 2010, para recordar e homenagear as vítimas do Holocausto.

 

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