Por iniciativa da Conib, Fisesp e StandWithUs Brasil, foi realizada nesta quarta-feira, 17 de julho, no Museu da Imagem e do Som (MIS) a exibição da primeira parte do documentário “Shoah”, que marcou o aniversário de morte do cineasta e intelectual francês Claude Lanzmann (1925-2018).
A obra-prima de Lanzmann foi dividida em quatro partes, e o público terá a chance de assistir à continuidade do documentário nos dias 18, 24 e 25 de julho (quartas e quintas-feiras), sempre às 19h, com entrada franca.
A sessão especial teve ingressos esgotados e contou com mensagens de Ricardo Berkiensztat, presidente executivo da Fisesp, André Lajst, diretor executivo do StandWithUs Brasil, Phelippe Collin, Cônsul Geral Adjunto para o Consulado Geral da França em São Paulo, Orni Ringer, vice-cônsul de Israel no Brasil e de Fernando Lottenberg, presidente da Conib.
Em seus pronunciamentos, todos frisaram a urgência de se conhecer a história e evitar sua repetição, e de como “Shoah” é um longo, intenso e perturbador lembrete disso. Destacaram também a educação como o caminho para a paz e o papel das entidades judaicas no combate ao antissemitismo e na proteção das suas comunidades.
“Shoah” é considerado um dos filmes mais importantes da história do cinema e um documento definitivo sobre o extermínio de seis milhões de judeus pelo nazismo, durante a Segunda Guerra Mundial.
Na obra, Lanzmann não usa uma única imagem de arquivo, dedicando o filme inteiramente a relatos de sobreviventes dos campos de extermínio de Chelmno, Treblinka, Sobibor e Auschwitz, além do Gueto de Varsóvia. Na busca por esmiuçar detalhes sobre como o Holocausto tornou-se viável, ele também entrevista personagens importantes para o entendimento dessa engrenagem genocida, de ex-oficiais nazistas a maquinistas que conduziam os trens da morte. Monumental em amplo sentido, o filme demorou mais de 10 anos para ser realizado e tem 543 minutos de duração.