Entidades femininas realizam evento com Luciane Bonace Lopes Fernandes, autora de “Onde as Borboletas não Habitam”

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No dia 05 de junho, o Grupo de Empoderamento e Liderança Feminina (ELF – Fisesp), a Divisão Feminina do Fundo Comunitário, a Na’amat Pioneiras São Paulo e a Wizo SP organizaram um evento especial no rooftop da Fisesp com a presença de Luciane Bonace Lopes Fernandes, finalista do Prêmio Jabuti e autora do livro “Onde as Borboletas não Habitam“.

Com a mediação de Marcia Naspitz e Jacques Griffel, o encontro reuniu representantes das quatro entidades e contou ainda com a presença da representante do Consulado Geral da República Tcheca, Vera Matysíková, que  expressou sua satisfação ao encontrar projetos no Brasil que abordam o tema do Holocausto, ressaltando a importância de recordar o que aconteceu para evitar sua repetição.

Luciane compartilhou detalhes de sua jornada pessoal e de como, após entrevistar um sobrevivente da bomba de Hiroshima, percebeu a importância de testemunhos pessoais para compreender a história e os fatos. Seu livro, “Onde as Borboletas não Habitam“, baseado em fatos reais, narra a comovente história de crianças e adolescentes do Campo de Concentração de Terezin (Tchecoslováquia) que usaram a arte como estratégia para enfrentar o nazismo. Através de desenhos e poemas feitos pelas crianças, os leitores são convidados a acompanhar os relatos dos personagens durante a Segunda Guerra, mergulhando nessa realidade por meio de múltiplos diários.

Durante o evento, a autora enfatizou a necessidade de mais material educativo nas escolas, voltado para crianças e adolescentes, sobre o Holocausto. Ela ressaltou o papel da literatura, do cinema, da música e das artes visuais, mas destacou a importância de apresentar essas informações de maneira adequada ao público jovem, visando ajudar as pessoas a conhecerem o passado para mudar o futuro.

Jacques Griffel ressaltou a importância do livro de Luciane e a dificuldade crescente de educar sobre o Holocausto e a insanidade humana. Ele destacou que as redes sociais, muitas vezes, acabam dando voz a pessoas que se apaixonam por uma ideologia totalmente abominável. “É  fundamental que obras como a de Luciane encontrem espaço nas mentes e nos corações daqueles que precisam conhecer a história do Holocausto”.

Vera Bobrow expressou o impacto transformador do encontro, relatando como se sentiu ao ouvir Luciane falar, como se estivesse sendo transportada para a realidade das crianças de Terezin. Ela enfatizou que, para elas, o Holocausto não é apenas uma história, mas uma realidade inaceitável, na qual tantas crianças sofreram e morreram em vão.

“Agradeço a parceria das presidentes Ilana Carasso,  da Divisão Feminina do Fundo Comunitário, Olga Teperman Eizemberg, da Wizo SP  e  Sheila Szymonowicz, da Na’amat SP, que se uniram ao ELF -Fisesp nesse evento de sucesso.  Juntas podemos criar um impacto duradouro e deixar um legado para as gerações futuras”,  concluiu a vice-presidente da Fisesp e coordenadora do Grupo ELF, Miriam Vasserman.