Espetáculo “Anne Frank – A voz que se tem na memória” terá apresentação única em São Paulo

Estrelada por Poliana Carvalho, peça, produzida pela Cia Nacional de Teatro e apoiada pela Unibes Cultural e pelo Memorial do Holocausto, será apresentada no Teatro Bibi Ferreira

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Poliana Carvalho como Anne Frank. Foto: Divulgação.

No dia 6 de dezembro, chega a São Paulo o espetáculo “Anne Frank – A voz que se tem na memória”, em uma apresentação única no Teatro Bibi Ferreira às 21h. Estrelada por Poliana Carvalho, a peça é apoiada pela Unibes Cultural e pelo Memorial do Holocausto, e é produzida pela Cia Nacional de Teatro. A direção e a adaptação ficam por conta de Leonardo Talarico Marins e o Desenho de Luz é de responsabilidade de André de Carvalho. 

SOBRE A PEÇA 

Tendo passado por Minas Gerais, Brasília e Rio de Janeiro, o monólogo, que conta a história de Anne Frank e de tantas outras vítimas das atrocidades cometidas pelos nazistas, teve seu processo de pesquisa iniciado em 2016. O mesmo contou com uma visita por parte de Poliana à Casa de Anne Frank, no endereço em que estava localizado o Anexo Secreto, onde ficaram Anne, seu pai Otto, sua mãe Edith, sua irmã Margot, Hermann Val Pels, Auguste Van Pels, Peter Van Pels e Fritz Pfeffer, por dois anos, ao Museu Madame Tussauds de Amsterdam, onde havia uma homenagem a Anne Frank e ao mural feito pelo artista brasileiro Kobra, com a famosa frase “Let Me Be Myself”. 

Além disso, houve, na Polônia, a visita emocionante ao campo de concentração de Auschwitz, ao Museu da Fábrica de Schindler. 

A atriz Poliana Carvalho também entrevistou Nanette Blitz Konig, uma das últimas sobreviventes do Holocausto, que vive em São Paulo e conheceu Anne Frank em um dos campos de concentração que estiveram juntas. 

“São Paulo é especial para mim por vários motivos. A começar pela relevância do Teatro na cidade e a oportunidade de fazer parte, mesmo com única apresentação, de público tão engajado. Pessoalmente, a maior parte da minha família mora em SP, então levar um projeto de tanto tempo e dedicação para pessoas tão especiais para mim terem a oportunidade de assistir tem um simbolismo gigantesco. Por fim, do ponto de vista do espetáculo, SP é a cidade com a maior comunidade judaica do Brasil, o que traz uma responsabilidade enorme para essa oportunidade também”, afirmou Poliana, sobre a sensação de levar a peça para São Paulo e sua importância para sua carreira. 

“Confesso que as expectativas estão altíssimas. Com todos os pedidos e toda a importância que a cidade de SP tem para nós, para o espetáculo e para a comunidade judaica, esperamos que seja incrível. Nos dedicaremos como sempre e entregaremos o melhor espetáculo possível ao público de São Paulo”, comentou ela.

“Eu sempre digo em palestras: uma personagem para mim não é apenas o que ela é ou o que foi, mas sobretudo, o que ela tinha o direito de ter sido. Sobretudo no caso de Anne Frank. Quando aquele diário é abandonado, em tese se interrompe uma história, um fluxo narrativo. O público tem a oportunidade de assistir Anne Frank pós diário. No sentido de que uma personagem tem o direito de falar, mesmo que silenciada”, pontuou Leonardo. 

“A percepção, o silêncio do público, a maneira efusiva com que ele nos recebe é muito cara. É um espetáculo que se fez na estrada. Não na maturação do espetáculo. O espetáculo esteve pronto desde o primeiro dia, desde sua estreia. Mas, se fez na estrada neste boca a boca”, disse o diretor. 

“Esperamos um belo público em São Paulo. Público participativo, que no seu silêncio grita. Ator é o que ele pensa, não simplesmente o que ele fala, e vale para a plateia também. Para que possamos carregar para frente esse processo histórico tão doloroso, para que ele nunca se repita. Em qualquer esfera, etnia, religião, dimensão humana”, finalizou. 

“A Personagem ganha vida sendo interpretada brilhantemente, pela atriz Poliana Carvalho, que trás toda a pureza e delicadeza de uma menina, que passa por uma tragédia com a sua família, mas não se abate, e corajosamente registra, todos esses momentos e sensações vivenciadas no Holocausto”, colocou André. 

“O cenário e a iluminação, funcionam como ferramentas, ambientando de maneira sóbria e escassa, propositalmente cada momento e sensação vivida pela personagem, de maneira a amplificar cada sensação que o público tem, sem tirar o foco da atriz”, continuou ele. 

“O público vai se deparar com uma riqueza de detalhes, desses vários momentos, vivenciados pela personagem, que vão desde afetividade familiar, vida escolar, momentos íntimos de uma criança, que está entrando na vida adulta, até a violência e escassez, vividas em uma Guerra, e inúmeras informações históricas”, terminou ele. 

Para adquirir seu ingresso, acesse: https://www.diskingressos.com.br/event/8268?fbclid=PAZXh0bgNhZW0CMTEAAaZZAbElyd_nnLveZAus-85dPKAxv6Y9LDkQYq_EwoNCzDRq3yLD8ymb6dk_aem_ItjXBf4eAyU4maP84-1Evw.