No último dia 14, ocorreu o bate-papo “Como os negócios mudarão com a Inteligência Artificial Generativa”, uma iniciativa do LEN (Liderança e Networking), uma das quatro comissões existentes dentro do grupo ELF (Empoderamento e Liderança Feminina), da Fisesp, e que completará 4 anos, contando com 370 mulheres da comunidade e tendo o objetivo de promover o crescimento pessoal e profissional das mulheres e interações de networking. A palestrante convidada foi Monica Szwarcwald, sócia da McKinsey & Company e líder da prática de analítica avançada para o Brasil e growth analytics para América Latina, que explicou um pouco sobre a origem da Inteligência Artificial, modelos de machine learning e a Gen-AI.
Monica explicou que a Inteligência Artificial surgiu em meados de 1950, e que começou a evoluir para modelos chamados de regressão e otimização. Depois, foram aparecendo modelos de machine learning, ou aprendizado de máquina. “Quando você faz uma regressão, você quer prever algo. Como por exemplo, quer prever se alguém vai ter um crédito bom ou ruim, e para prever, você tem algumas variáveis, como salário e idade, para indicar. Esse é um modelo que ainda se usa. Mas, quando você faz um modelo de regressão, você considera que essa relação é linear, mas a rede neural tenta reproduzir o cérebro, e os neurônios do cérebro não são lineares. Então você tem um monte de transformação que acontece na rede neural, como se você estivesse representando mesmo um cérebro, em que um neurônio fala com um outro, para prever alguma coisa”.
“Antigamente os computadores que tínhamos, não eram capazes de processar esse tanto de informação. Então, eu montava uma rede neural e não dava em nada, porque o computador, a máquina que a gente tinha ali não era capaz de processar aquilo lá, e a informação também não era muita. Com o avanço não só do volume de dados que temos, mas das máquinas, somos capazes de procurar muita informação e a rede neural se tornou muito relevante.”, afirmou Monica. “O deep learning é um tipo de rede neural, por exemplo. Existem redes neurais mais específicas para detectar imagens, outras, para detectar textos e por aí vai”, completou.
A palestrante continuou, explicando que o Chat GPT se encaixa na Gen-AI, ou Generative AI (IA Generativa) e que ela é uma técnica em que a informação é gerada. “Você dá um texto, um relatório de um banco, que tem 100 páginas e diz: ‘resume aí’. Ele gera uma informação para você. Então por isso se chama Generative AI.”, ressaltou.
Monica também colocou que com a Gen-AI, é possível gerar uma mensagem com todo o seu perfil, sozinho. “A sua capacidade de personalizar uma mensagem vai ficar perfeita.” disse. Além disso, afirmou que marketing e vendas são umas das áreas mais beneficiadas.
Também contou que existem três tipos de provedores de Gen-AI. “Um é o criador da solução, criador do algoritmo. Aí temos uma segunda camada que pega menos do que já existe e configura e traz para mim, patenteando o que estou configurando. E isso vai servir para curas de doenças, por exemplo. E tem uma terceira que é pegar o que já existe e contratar engenheiros para configurar para uso de uma empresa”.
“A importância de falar para um grupo de mulheres é que as mulheres hoje estão cada vez mais poderosas e com certeza, vão aplicar IA nas empresas que trabalham, então é muito importante que elas tomem conhecimento disso. A tendência é a IA crescer. É uma indústria que vale 26 trilhões de dólares, por isso vai trazer muitos benefícios financeiros para os negócios. Penso que é impossível fugir dela e quanto antes as empresas e pessoas implementarem isso, vão sair na frente de forma mais competitiva”, afirmou Monica.
“Temos um grupo de 370 mulheres, que são mulheres de todas as áreas e que inspiram umas às outras. Promover esse tipo de encontro com esses temas de vanguarda é importante, pois permite que essas mulheres estejam atualizadas, que é um dos pilares do nosso grupo, cujo objetivo é trazer eventos para que elas sigam crescendo no seu potencial tanto pessoal quanto profissional. E no início da palestra, fizemos uma espécie de networking, convidando essas mulheres a conversarem com aquelas que não conheciam, pois conhecer pessoas novas e fazer networking com pessoas que você não conhece promove tanto a sua saúde mental quanto melhora nos negócios. Essa é a missão do grupo e estamos muito felizes de ter trazido a Monica”, afirmou Elisa Nigri, coordenadora do LEN.
“Foi minha primeira vez vindo a um evento do LEN e adorei ter vindo. Achei Monica extremamente inteligente e muito apropriada. Com muito conteúdo, sabendo explicar super bem o que ela se propôs. Gostei de ver muitas mulheres conhecidas, conheci gente nova. Essa palestra me engrandeceu. Achei o conteúdo muito interessante e bem palestrado”, contou Luísa Calderon, empreendedora que assistiu à palestra.