Evento de Yom Haatzmaut reúne liderança judaica na Sinagoga do Renascença

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Autoridades, líderes de instituições judaicas e representantes de grupos juvenis, reunidos na Sinagoga Renascença, celebraram o Yom Haatzmaut (Dia da Independência) e os 74 anos de Israel na noite desta quarta-feira (4) e lembraram os soldados israelenses mortos em conflito e as vítimas de atos terroristas (Yom Hazicaron). Participaram do evento o presidente da CONIB, Claudio Lottenberg, o cônsul-geral de Israel Rafael Erdreich, Miriam Vasserman, vice-presidente da Fisesp,  Marcelo Kaufman, presidente da Sociedade Hebraico-Brasileira Renascença, Jaime Cimerman, diretor da Sinagoga Renascença, Abrão Lowental, presidente do Fundo Comunitário e o vereador Daniel Annenberg, entre outros.

“Em Israel não há praticamente ninguém que não tenha perdido um parente, um amigo, ou conhecido, numa guerra”, disse na abertura do evento Rony Grabarz, ao lembrar que Israel para nesta data em homenagem aos soldados caídos.

Marcelo Kaufman falou sobre o centenário do Colégio Renascença, “a única instituição (judaica), além do cemitério judaico de Vila Mariana, a completar cem anos”. Ele citou as somas dos cem anos da escola com os 74 de Israel (174) e dos números entre si (1+7+4) que dariam 12, lembrando, assim as doze tribos de Israel.

O cônsul geral de Israel Rafael Erdreich falou sobre o Yom Hazicaron: “Hoje recordamos os combatestes e os que morreram em atos terroristas. O Estado de Israel não nos foi entregue de mãos beijadas, foi erguido com o sangue de guerreiros. O Estado de Israel jamais se esquecerá dos que deram suas vidas para defender o país em guerras. Foram 24.068 vidas que merecem nosso luto. Israel é hoje um país forte, próspero, florescente e com economia pujante baseada em tecnologia. O pais está crescendo e sendo aceito por outras nações (árabes) do Oriente Médio e, embora ainda tenha desafios a enfrentar como o Irã e aliados, nada impedirá que o Estado judeu alcance ainda mais louros em sua crescente e próspera integração com os países da região, graças aos cidadãos, ao povo judeu da diáspora e aos imigrantes”, destacou.

Claudio Lottenberg falou sobre a participação de seu pai nos quadros do Renascença, lembrando que “somos o povo do livro”, e a importância da educação na história do povo judeu. Ele elogiou o exemplo de democracia israelense. “Israel orgulha os judeus e o mundo, exemplo de democracia, exemplo de integração de pessoas diferentes, referência em tecnologia. E a posição dos judeus do Brasil em relação a Israel é inegociável”, destacou ao lembrar a participação do brasileiro Osvaldo Aranha, que presidiu a sessão da ONU que criou o Estado de Israel. “O país cresceu, se desenvolveu e estabeleceu um lugar importante no mundo e no Oriente Médio. O papel de nossa comunidade é um recorte da sociedade maior. Temos judeus de direita, de esquerda, liberais, conservadores e não importa quem esteja liderando o país, nós judeus trabalharemos sempre para que prevaleça esse sentimento democrático, uma coexistência pacífica. E nesse sentido, o Brasil é uma referência e que permaneça sempre da forma como é. Parabéns ao Rena e ao Estado de Israel”.

O evento contou ainda com apresentações da Orquestra de Cordas Laetare, sob regência de Muriel Waldman, da cantora Regis Karlik, além de diversas apresentações de canto e  dança e  da execução dos hinos do Brasil e de Israel por jovens dos movimentos juvenis.

Assista ao vídeo do evento: https://www.youtube.com/watch?v=lrCNl2-Z3Mk