Quando aparecer a primeira estrela na noite de 24 de setembro, cerca de 120 mil judeus de todo o país vão iniciar as comemorações de duas das datas mais significativas e importantes do calendário judaico: o Rosh Hashaná, Ano Novo Judaico, e o Iom Kipur, o Dia do Perdão.
Durante este período, comemora-se a criação do homem e todos são convidados a refletir sobre seus relacionamentos com os demais seres humanos, questionando tudo o que foi feito de errado e como pode ser corrigido.
Alimentos simbólicos – O Ano Novo Judaico começa com uma celebração solene e também festiva da chegada do ano 5775. Vários alimentos simbólicos são ingeridos na refeição da primeira noite de Rosh Hashaná, entre eles, maçã com mel, para que se tenha um ano doce, chalá (pronuncia-se ralá), um pão em formato redondo, que simboliza a continuidade e o desejo de um ano sem conflitos e romã, para que os méritos sejam numerosos como suas sementes. O peixe é uma tradição: sempre nada para frente e sua cabeça pode ser oferecida ao decano da mesa como deferência especial. Ingredientes como vinagre ou raiz forte devem ser evitados, para que o ano não seja amargo.
Nas sinagogas, as orações incluem o toque do Shofar, instrumento feito de chifre de carneiro e que nos avisa da chegada dos “Dez dias de Arrependimento”, que começam com Rosh Hashaná e culminam com Iom Kipur.
Ao anoitecer de 03 de outubro tem início o Iom Kipur. Esta é considerada a data mais sagrada do calendário judaico, em que se faz jejum para atingir uma introspecção completa e pede-se o perdão dos pecados cometidos.
Segundo Mario Fleck, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, “ O período das grandes festas nos chama à reflexão e análise. Fazemos um balanço de nossas ações em busca da absolvição dos erros cometidos e aspiramos à paz, trazendo a contribuição pessoal para tornar o mundo melhor”.