O projeto de plano anual do Instituto Vladimir Herzog, que buscava aprovação na Lei de Incentivo à Cultura, o novo nome da Lei Rouanet, foi reprovado pela Secretaria Especial da Cultura do governo federal sem nenhuma justificativa. Essa é a primeira vez, em dez anos, que um plano anual da instituição, é rejeitado.
O Instituto Vladimir Herzog trabalha pelos valores da Democracia, Direitos Humanos e Liberdade de Expressão, inspirados na grandeza dos valores de Vlado, que era jornalista e judeu. Por esse motivo, acreditamos que esta decisão compromete o trabalho de muitas entidades que concentram esforços na concepção e implementação de ações culturais e primam pela excelência em seus projetos.
Nas redes sociais, o Deputado Federal Eduardo Bolsonaro deu sinais dos motivos da decisão. Ele comparou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos principais símbolos da ditadura militar no Brasil, ao jornalista Vladimir Herzog, morto pelo regime em 1975.
Deturpações como essa, são inadmissíveis. Em nome da comunidade judaica de São Paulo, reafirmamos o nosso compromisso de zelar pela liberdade, pela convivência plural e pelo respeito mútuo.
FEDERAÇÃO ISRAELITA DO ESTADO DE SÃO PAULO