A Federação Israelita do Estado de São Paulo recebeu, na manhã de hoje, em um café da manhã o analista político iraniano-israelense, Meir Javedanfar, autor do livro “The Nuclear Sphinx of Tehran: Mahmoud Ahmadinejad and the State of Iran”. O encontro foi realizado em parceria com o Consulado Geral de Israel em São Paulo.
O analista deu um panorama geral sobre a situação do Irã e da ralação do país com o Brasil. “A República Islâmica do Irã é um desses países no hemisfério Sul que atraíram a atenção do Brasil. As vastas reservas de óleo e gás, a preponderante população jovem e a economia subdesenvolvida iraniana proporcionam a Brasília uma oportunidade de incrementar as exportações brasileiras, assim como expandir sua presença em uma das regiões estrategicamente mais críticas do mundo”.
Meir Javedanfar criticou o regime de Mahmoud Ahmadinejad e suas intenções com a América do Sul. “Desde o início dos anos de 90, o Irã está tentando expandir suas redes terroristas na região da América do Sul. Em duas ocasiões, os argentinos foram lembrados dessa estratégia e de suas consequências. A primeira foi a explosão da embaixada de Israel em Buenos Aires em 1992, na qual morreram 29 pessoas e 242 ficaram feridas. Em 1994, uma horrível operação de explosão suicida matou 85 civis inocentes um centro cultural judaico em Buenos Aires. Até hoje, o governo iraniano se recusou a entregar os oficiais que a Interpol acusou de terem organizado essas explosões. Além disso, para provar seu descaso pela lei internacional, Mahmoud Ahmadinejad recentemente designou um dos suspeitos, Ahmad Vahidi, como Ministro da Defesa do Irã. Essa foi uma mensagem clara à comunidade internacional de que o presidente iraniano apóia e promove aqueles que tomam parte no terror internacional”.
Após algumas perguntas do público presente, o analista finalizou o encontro temendo as conseqüências das atitudes do Irã, tanto para o seu povo, como para o Oriente Médio. “O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad é um dos mais desdenhados presidentes que o Irã já teve, tanto em casa como no exterior. Suas ideologias fundamentalistas e apocalípticas e o desprezo pelos direitos humanos estão pondo em perigo a estabilidade do Oriente Médio e o bem-estar de seu próprio povo”.