Fisesp recebe alunos da Beit Yaacov para conversa sobre antissemitismo

Bate-papo contou com 6 alunos, 3 pais e um professor da escola

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Ricardo Berkiensztat com as crianças e o professor que as acompanhou. Foto: Gabriel Kosman.

No último dia 12, o presidente executivo da Fisesp Ricardo Berkiensztat recebeu 6 alunos da quinta série da escola Beit Yaacov para uma conversa sobre antissemitismo. A finalidade do bate-papo era coletar informações para a realização de um trabalho de final de ano intitulado “Exhibition”. Também estavam presentes 3 pais e um professor da escola. 

Ricardo Berkiensztat conversa com as crianças, os pais e os professor que as acompanharam. Foto: Gabriel Kosman.

“Desde o 7 de outubro até agora, tivemos um aumento de quase 1.000% de atos antissemitas no Brasil.” contou Ricardo às crianças.

Ele continuou dizendo que antigamente, falavam que os judeus matavam crianças para fazer matzá com o sangue delas. “Isso é um antissemitismo muito claro. Quando falam “Ah, aquele judeu milionário, pão duro…”, também é um antissemitismo muito claro. Ou quando você coloca uma imagem de um judeu com um nariz imenso.” 

Além disso, destacou que existe um livro chamado “Os Protocolos dos Sábios de Sião”, de 1903 e base do antissemitismo criado na Antiga União Soviética. “Durante muitos anos, virou o livro mais antissemita do mundo. Lá fala que os judeus querem dominar o mundo, que são donos de todas as televisões e os jornais, que comandam o mercado financeiro. Enfim, os judeus são os donos do mundo e fazem o que querem. Isso criou um ódio e o Holocausto veio por conta disso também. E dizer que o Holocausto nunca existiu também é antissemitismo.” 

Ele também comentou sobre a frase “Palestina livre do rio ao mar”, explicando que ela é também antissemita, visto que sugere que esse Estado palestino se estenda desde o Rio Jordão até o Mar Mediterrâneo, abrangendo não só a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, mas também todo o Estado de Israel, o que significa a destruição total de Israel.