Claudio Lottenberg, Ida Sztamfater, Floriano Pesaro, Lu Alkimin, Henry Sobel, Geraldo Alkimin

No último sábado, dia 15 de outubro, o Hospital Israelita Albert Einstein comemorou seus 40 anos, com direito a uma viagem pela história da sociedade, conduzida pelo ator Dan Stulbach e um depoimento emocionante de Eva Wilma.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o governador do Estado, Geraldo Alckmin, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab e a senadora Marta Suplicy são algumas das autoridades que marcaram presença evedurante a cerimônia.

Estiveram presentes também Aécio Neves da Cunha, Boris Ber, Ezra Moises Safra, João Carlos Saad, Ricardo Teixeira, Ronaldo Cezar Coelho, Claudio Sonder, médicos e membros da comunidade judaica.

Cerca de 600 pessoas prestigiaram o evento. No final, os convidados ganharam um livro que conta a história das quatro décadas da instituição.

Alexandre Padilha e Eduardo Suplicy
Dan Stulbach e Eva Wilma
Dan Stulbach
Claudio Lottenberg e Alexandre Padilha
José Serra e Claudio Lottenberg

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O Hospital Israelita Albert Einstein está completando 40 anos de existência. É uma instituição jovem na cronologia temporal, mas extremamente madura em seu histórico de conquistas e realizações. Mais que um centro de atendimento de excelência em Medicina, é um pólo disseminador de modelos e práticas que contribuem para o desenvolvimento da Saúde, nacional e internacionalmente.

Primeiro hospital fora dos Estados Unidos a obter a respeitadíssima acreditação da Joint Commission International (JCI) em 1999 – posição que vem sendo reafirmada a cada nova avaliação –, o Einstein detém inúmeras outras certificações de importantes organizações nacionais e internacionais nas áreas médica, de gestão, de qualidade e de sustentabilidade. Dentre elas, vale citar a também pioneira certificação JCI na Modalidade Disease Specific (Doença Específica) para o Centro de Atendimento ao Paciente com Acidente Vascular Cerebral (JCI), a acreditação do College of American Pathologists para a Patologia Clinica e Hemoterapia, do American College of Radiology para os serviços de Imagem (mamografia e ultrassonografia) e da Associação Americana de Bancos de Sangue para a Hemoterapia, além das certificações ISO 9001 (qualidade), ISO 14001 (meio ambiente) e Leed (edificação sustentável/Green Building) para o pavilhão Vicky e Joseph Safra inaugurado em 2009.

Igualmente ampla é a lista de premiações e reconhecimentos. Em 2011, por exemplo, o Einstein foi eleito em 2011, pela terceira vez consecutiva, a melhor instituição médica da América Latina no estudo da AmericaEconomia Intelligence. A entidade avalia anualmente hospitais e clínicas dos países da região segundo critérios como segurança hospitalar, capital humano, gestão do conhecimento, dignidade do paciente e índice geral de qualidade. A pontuação do Einstein foi de 94,05, cerca de 4 pontos percentuais à frente do segundo colocado. Em outra pesquisa, esta do Datafolha, feita em 2007, foi apontada pelos médicos como o melhor hospital de São Paulo, com a melhor UTI, o melhor centro cirúrgico e o melhor pronto-atendimento.

Já o Projeto Positive Deviance, uma das iniciativas do sólido sistema de Segurança do Paciente, foi contemplado com o SHEA Internacional Award e com o Prêmio Saúde Brasil. Programas como esse, voltados à prevenção da infecção hospitalar e de falhas no atendimento (de erros na administração de medicamentos à queda de pacientes durante o banho, por exemplo), têm permitido ao Einstein manter níveis de performance nesses quesitos semelhantes ao das melhores instituições do mundo. Em alguns meses de 2010, por exemplo, foi zero a taxa de infecção hospitalar nas unidades em que o Positive Deviance já estava implantado.

Realizando sonhos

Inaugurado em 1971, o hospital foi um importante passo na concretização do sonho do grupo de pioneiros que em 1955, liderado pelo médico Manoel Tabacow Hidal, havia criado a Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein (SBIBAE) para constituir um centro de excelência em saúde como uma retribuição da comunidade judaica ao País que tão bem a acolheu após a II Guerra Mundial. O complexo hospitalar de hoje, sinônimo de competência, pioneirismo e inovação, mostra que as gerações que sucederam aos pioneiros seguiram sonhando novos sonhos, com a mesma ousadia e determinação em realizá-los.

Nem poderia ser diferente numa área como a se saúde, onde os desafios se renovam um ritmo impressionante. “Se a Medicina tem vencido um sem-número de problemas de saúde, novas doenças surgem no contexto da vida moderna e do envelhecimento da população”, afirma o Dr. Cláudio Luiz Lottenberg, presidente da SBIBAE. “Em 1971, quando nosso hospital foi inaugurado, o Brasil tinha 90 milhões de habitantes. Hoje são 190 milhões. No mesmo período, a população de São Paulo triplicou, passando de 3,7 milhões para mais de 11 milhões. Tudo está mais complexo e desafiador. Por isso, na nossa jornada em prol da saúde, 40 anos é apenas o começo”, completa ele.

Alta Complexidade

Referência em procedimentos de alta complexidade, o Einstein tem como um de seus expressivos diferenciais os Programas Integrados estruturados para o atendimento nas seis áreas de especialidades definidas como estratégicas: Cardiologia, Ortopedia e Reumatologia, Neurologia, Transplantes, Oncologia, Hematologia e Cirurgia. Em cada uma dessas áreas, uma equipe de médicos e profissionais multidisciplinares trabalha para oferecer uma assistência completa – desde o diagnóstico até a reabilitação. Para isso, combinam recursos, tecnologias, bem-estruturados procedimentos e protocolos gerenciados e uma abordagem humanizada em favor da eficiência e qualidade dos serviços e atendimento prestados ao paciente.

E foi no âmbito dos procedimentos de alta complexidade que o Einstein registrou um feito marcante em janeiro deste ano: fincou posição como o maior transplantador hepático do mundo. Com 1000 procedimentos realizados, superou os Estados Unidos.

No Brasil, o Programa Integrado de Transplante de Órgãos – do Instituto Israelita de Responsabilidade Social – ocupa o primeiro lugar no número de transplantes de fígado realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A quase totalidade dos transplantes feitos no Einstein – o que inclui também coração, rim e pâncreas – são por meio do SUS. Nas próximas semanas, o hospital deverá atingir um total de 2.000 transplantes realizados pelos SUS desde 2002.

O Einstein dispõe ainda do Programa de Captação de Órgãos, disponibilizando coordenadores intra-hospitalares em hospitais públicos e filantrópicos identificados e selecionados pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. O objetivo é aumentar as notificações e a efetividade das doações para transplantes. Esse processo, além de garantir a correta preservação dos órgãos e tecidos, contribuiu para o crescimento da captação de órgãos. Em 2009, o Estado de São Paulo registrou aumento de 20% na captação graças a esse programa.

Corpo Clínico & Tecnologia

Dentre os fatores-chave que fazem do Einstein um pólo de excelência, merece destaque a qualidade de seu Corpo Clínico, composto por cerca de 5 mil médicos de mais de 50 especialidades. São profissionais altamente qualificados e comprometidos com a missão, os valores, os princípios e práticas da instituição, compartilhando o objetivo de ter o paciente como prioridade máxima e foco central de todas as atividades. A fim de estreitar essa parceria, o Einstein mantém o Programa de Relacionamento com o Corpo Clínico, iniciativa que busca fortalecer o envolvimento dos médicos com a instituição e suas práticas de qualidade e segurança, por meio de avaliações regulares e ações de valorização e reconhecimento pelo bom desempenho. A avaliação contempla também a adesão ao Programa de Educação Continuada, que visa que os médicos invistam em sua constante atualização.

Ao lado dos recursos humanos – o que inclui não apenas os médicos, mas toda uma ampla equipe de profissionais de enfermagem e outras áreas de apoio – a tecnologia é uma aliada em favor da saúde e da vida. E também nesse âmbito o Einstein conta com um arsenal diferenciado tanto para procedimentos cirúrgicos como para medicina diagnóstica e preventiva.

Pioneira em alta tecnologia, já na década de 1970 possuía os dois primeiros equipamentos de ressonância magnética da América Latina. E seguiu incorporando o que há de última geração em dispositivos de diagnósticos, como PET CT, que associa os benefícios da Tomografia por Emissão de Pósitrons aos da Tomografia Convencional, possibilitando a localização, com precocidade e precisão, de lesões tumorais de até quatro milímetros de extensão.

Na área de cirurgia, um dos destaques é o da Vinci Surgical System, sistema para a realização de cirurgias robóticas, adotado desde 2008. A tecnologia agrega segurança e precisão em procedimentos minimamente invasivos de várias especialidades. Até o final deste ano, a instituição deverá atingir a marca de 1.000 procedimentos robóticos.

A mais recente novidade na área cirúrgica é o Mimic. Trata-se de um simulador de treinamento do da Vinci, que, aliado à realidade virtual, reconstitui 39 diferentes cenários cirúrgicos robóticos com a máxima qualidade em precisão e realismo. O aparelho está sendo integrado ao Centro de Simulação Realística do Hospital Israelita Albert Einstein, para aprendizado de seu Corpo Clínico e também de profissionais de outras instituições.

Humanização

Se recursos humanos, tecnologia, políticas, protocolos e procedimentos são importantes, não são tudo para fazer a excelência no atendimento. Afinal, pacientes não são apenas pessoas em busca de serviços de saúde. São seres humanos, com toda a complexidade de características, necessidades, valores e crenças de cada indivíduo.

É por entender a importância dessa dimensão que o Einstein vem investindo na adoção dos mais avançados critérios internacionais de atendimento hospitalar humanizado. Ele é pioneiro na América Latina na implantação do modelo Planetree, uma filosofia que coloca o paciente como foco de todo processo assistencial – desde arquitetura, disposição dos serviços, nutrição e entretenimento até espiritualidade e terapias integrativas, que podem ser ofertadas com o objetivo de minimizar impactos dos tratamentos médicos.

Unidades

O empenho em atender bem e estar próximo dos pacientes se expressa também na multiplicação das unidades do Einstein. Além do complexo do Morumbi, o Einstein conta com as unidades Jardins, Ibirapuera, Alphaville e Perdizes, que oferecem, entre outros, serviços de medicina diagnóstica e pronto atendimento. Há ainda a Unidade de Vila Mariana, esta voltada a pacientes que necessitam de internação por períodos prolongados, além de sediar o Residencial Israelita Albert Einstein.

Responsabilidade Social

Além desses endereços, a marca Einstein está em muitos outros lugares, como na Comunidade de Paraisópolis, onde a SBIBAE mantém desde 1997 um programa voltado à promoção da saúde e qualidade de vida dos moradores da região. Para citar apenas uma das iniciativas ali desenvolvidas: o programa de atendimento integral à saúde (incluindo medicamentos) beneficia hoje cerca de 10 mil crianças com idades de 0 a 10 anos.

Os já citados transplantes realizados pelo SUS e as parcerias com o setor público são outras frentes de exercício da responsabilidade social. Atualmente, a instituição oferece apoio técnico-operacional a 35 unidades públicas de saúde espalhadas pela Grande São Paulo, além de estar à frente de dezenas de projetos sociais que englobam assistência, capacitação de recursos humanos, pesquisa, gestão de processos e incorporação de tecnologias.

Outro endereço que não leva o logotipo, mas leva o espírito de excelência do Einstein é o Hospital Municipal Dr. Moyses Deutsch, conhecido como Hospital do M’Boi Mirim, instalado na Zona Sul de São Paulo. Desde 2008, ele é integralmente gerido pelo Einstein, que lá vem implantando processos e práticas que alavacam a qualidade dos serviços e atendimento de saúde prestados aos moradores daquela região, uma das mais carentes da cidade.

A Sociedade também contribui para melhorar as condições do sistema de saúde brasileiro. Em 2002, empreendeu o Projeto Itinga, um conjunto de ações para o desenvolvimento social e econômico sustentável para o município de Itinga, com aproximadamente 14 mil habitantes, no Vale do Jequitinhonha, no nordeste semi-árido de Minas Gerais, uma das regiões mais pobres do País.

A instituição também se faz presente em outras missões – aqui e no exterior -, mobilizando médicos, profissionais de enfermagem, recursos materiais e medicamentos em situações como a epidemia de dengue no Rio de Janeiro, em 2008; e do Haiti, desvastado pelo terremoto de 2010.

A presença do Einstein se estende a inúmeras outras frentes, como na coordenação do Banco Público de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário do Estado de São Paulo (Redecord), que integra a rede BrasilCord, mantida pelo Ministério da Saúde. Ou ainda nas atividades de ensino e pesquisa desenvolvidas por meio do Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. Ou ainda nos conhecimentos e expertises médicas e de gestão que compartilha com outros profissionais e instituições públicas e privadas e que seguem se multiplicando… Do complexo do Morumbi – que é talvez a sua face mais conhecida – aos lugares onde o nome Einstein não está estampado é este o propósito da instituição: levar uma gota de Einstein a cada vez mais lugares, porque de cada uma dessas gotas germinarão novas sementes da excelência em atendimento à saúde, em favor da vida.

Sobre a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein:
A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE) atua em três frentes integradas e igualmente importantes: a assistência à saúde, a responsabilidade social e a geração e difusão do conhecimento. As atividades de assistência à saúde estão concentradas no Hospital Israelita Albert Einstein e na área de medicina diagnóstica e preventiva, que contribuem com a sustentabilidade das ações de responsabilidade social, ensino e pesquisa. O Instituto Israelita de Responsabilidade Social Albert Einstein atua em programas próprios ou em conjunto com os gestores públicos da saúde para ajudar a suprir as necessidades assistenciais, tecnológicas ou de competências da comunidade. As atividades de educação e pesquisa estão abrigadas no Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein e conferem inovação às outras áreas da SBIBAE.