Reunindo intelectuais e empreendedores da comunidade judaica brasileira, IBI se propõe a qualificar o debate sobre Israel e as várias dimensões do conflito palestino-israelense
Nas últimas décadas, narrativas maniqueístas adotadas tanto por setores do campo conservador como por setores do campo progressista criaram caricaturas ideológicas a respeito do Estado de Israel e do conflito palestino-israelense. Com isso, discussões sobre o tema se tornam estéreis e fomentam o preconceito.
Tal diagnóstico embasou a formação do Instituto Brasil-Israel, que se propõe a expor a complexidade do assunto, abrindo caminho para o diálogo e pluralidade de opiniões. “Ideias de que o conflito entre israelenses e palestinos seja o da civilização contra a barbárie ou o resultado do ‘imperialismo’, com opressores e oprimidos, apenas reforçam estereótipos”, afirma David Diesendruck, presidente do IBI. “Precisamos superar a noção de que a sobrevivência de um povo depende da derrota do outro”, completa.
Reconhecendo o papel central das diferentes plataformas digitais como fonte de informação, compartilhamento de ideias e construção de narrativas, o IBI investiu na criação de um portal de informações com análises, artigos, entrevistas e notícias (www.institutobrasilisrael.org) e amplifica o conteúdo por meio de seus perfis no Facebook, Twitter e YouTube. Com atuação nas redes sociais e outros espaços em que se discute o assunto, o instituto pretende sensibilizar a opinião pública e os tomadores de decisão no Brasil.
“Notamos uma carência de material acadêmico em português sobre assuntos relacionados a Israel e as relações do país no Oriente Médio. Diante deste cenário, o IBI incentiva a elaboração de pesquisas, a produção de conteúdo e a realização de palestras e seminários com professores universitários”, explica Andre Lajst, diretor-executivo do instituto.
Para dar embasamento e profundidade às ações, o IBI formou um Conselho Acadêmico com a participação de Gilberto Sarfati, Heni Ozi Cukier, Michel Gherman e Samuel Feldberg, entre outros. Eles irão escrever periodicamente sobre os conflitos e os desafios da sociedade israelense e palestina. “A ideia é explorar a pluralidade dos nossos colaboradores e oferecer ao leitor uma vasta gama de opiniões”, completa Andre.
Por meio deste conjunto de ações, o IBI pretende ser uma fonte de informação para jornalistas, alunos, professores e demais interessados sobre o assunto.