No dia 19 de setembro, a Câmara Brasil-Israel (BRIL) realizou na Unibes Cultural mais uma edição do ciclo “Cientistas do Amanhã“, um evento que trouxe ao Brasil três jovens cientistas do renomado Instituto Weizmann de Ciências, em Israel. O encontro foi uma oportunidade de fortalecer o intercâmbio científico entre os dois países e apresentar recentes inovações em áreas como sustentabilidade, saúde e cognição.
Os destaques deste ano foram Jenny-Lee Mathias, Carmel Sochen e Sonu Kurien, cujos trabalhos têm o potencial de transformar suas respectivas áreas de atuação. Jenny-Lee Mathias apresentou suas pesquisas sobre tecnologias sustentáveis voltadas para a indústria, com foco na preservação ambiental e na promoção da química verde. Carmel Sochen compartilhou avanços em biologia regenerativa e imunologia, com impactos em alergias alimentares e câncer, enquanto Sonu Kurien destacou suas investigações sobre as diferenças cognitivas entre os sexos, um tema emergente no campo da neurociência.
O presidente dos Amigos do Weizmann Brasil, Mario Fleck ressaltou o papel do Instituto Weizmann como um dos principais polos de ciência básica no mundo. “O Weizmann é uma das maiores jóias de Israel e tem contribuído para o avanço da humanidade há 90 anos. Ao trazer esses jovens cientistas ao Brasil, reafirmamos nosso compromisso com o intercâmbio de conhecimento e a inovação para o bem-estar global. Eventos como este ajudam a desmistificar narrativas negativas sobre Israel, destacando suas contribuições globais para o progresso científico”.
Para Rajel Leghziel, coordenadora do Instituto Weizmann para a América Latina, ” apesar das circunstâncias desafiadoras em Israel, a ciência continua muito ativa. A melhor forma de mostrar isso para o Brasil e para toda a América Latina é justamente trazer alguns de nossos jovens cientistas, pois são eles que estão nos laboratórios, fazendo o trabalho difícil da ciência”.
Ao final do encontro, que também contou com uma interação entre o público presente e os jovens cientistas, Sonu Kurien reforçou a importância da pesquisa básica e seu potencial de gerar inovações: ” A pesquisa básica é como uma árvore com raízes profundas: quanto mais sólidas forem suas bases, maior o potencial de gerar frutos, ou seja, novos conceitos e inovações que impulsionam o crescimento econômico e tecnológico. Essa analogia ajuda a entender como a ciência pode ser transformada em soluções práticas para o mercado”, concluiu.
Saiba mais sobre o trabalho dos jovens pesquisadores :
- Jenny-Lee Mathias desenvolveu uma tecnologia revolucionária para a indústria com foco na sustentabilidade ambiental. Além de seu trabalho científico, Jenny-Lee é conhecida por seu forte compromisso com o apoio às mulheres na ciência.
- Carmel Sochen realiza pesquisas básicas na área de imunologia e biologia regenerativa, com possíveis implicações em alergias alimentares e câncer. Carmel também é membro do clube Weizmann Biotech, conectando o Instituto à indústria de biotecnologia, e é especializada em reconhecer inovações derivadas de pesquisas com potencial comercial.
- Sonu Kurien é originário da Índia e atualmente doutorando no Instituto Weizmann de Ciências. Ele dedica sua pesquisa às diferenças cognitivas entre os sexos, um campo que desperta grande interesse e relevância.