Na noite de 06 de abril, judeus de todo o mundo dão início às comemorações do Pessach, a Páscoa Judaica, celebração que valoriza a liberdade do ser humano e que marca a libertação do povo judeu da escravidão no Egito (que ocorreu por volta de 1300 A.C.). Pessach é comemorado por oito dias, e durante esse período é proibido comer, beber ou ter posse de qualquer alimento fermentado, substituindo-se o pão e seus derivados por um pão ázimo e sem fermento chamado “matzá”, que relembra o Êxodo, quando o Povo de Israel fugiu do Egito apressadamente, e não houve tempo para o pão fermentar.
Pessach traz consigo, a mensagem universal de que a liberdade não pode ser privada do ser humano. Enquanto houver alguma pessoa padecendo da opressão dos Faraós contemporâneos, pessoas sendo injustiçadas e privadas de suas liberdades de pensamento, expressão ou de movimento, a mensagem de Pessach ainda não estará completa.
É esta a mensagem que os pais devem transmitir aos filhos para sugerir neles a crença em D’us. Esta é a segurança e futuro de nossa nação como um todo, e a inspiração para cada indivíduo levar sua vida da maneira correta.
Conclamamos todas as famílias Judaicas a incluírem nas suas reflexões deste Pessach uma discussão sobre as nossas atitudes diante do recrudescimento do antissemitismo como demonstrado no cruel ato recente em Toulouse. Em respeito aos nossos antepassados, em memória de nossa milenar história e pela consciência a respeito de nosso futuro precisamos mostrar aos nossos descendentes que não aceitamos passivamente as ameaças ao povo Judeu e ao Estado de Israel. Vamos recordar a escravidão de nossos antepassados, mas vamos também reafirmar nosso grito de liberdade.
Nosso desejo é de que se consiga logo a paz definitiva entre as nações e os homens, garantindo esta almejada liberdade para todos, agora e sempre. Defendemos a liberdade para todos os povos, não apenas para o povo judeu.
Chag Pessach Kasher veSameach!
Mario Fleck
Presidente Federação Israelita do Estado de São Paulo