Os 27 anos do atentado à AMIA, que segue impune, foi lembrado pelo CJL em cerimônia com parlamentares de países da América Latina; Arthur Lira representou o Brasil

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O Congresso Judaico Latino-Americano (CJL), em conjunto com a presidência da Câmara dos Deputados da Argentina, para lembrar o 27º aniversário do atentado contra a organização judaica/ AMIA, no próximo 18 de julho, organizou uma cerimônia online com a presença de presidentes das diversas câmaras de países da América Latina. O presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, deputado Arthur Lira, participou do encontro ao lado dos parlamentares da Argentina, Chile, México, Paraguai e Uruguai. Também participaram o presidente da Conib, Claudio Lottenberg, que fechou o evento; o presidente do CJL, Jack Terpins, Ariel Eichbaum, presidente da AMIA, Jorge Knoblovits, à frente da DAIA e Claudio Epelman, que conduziu o encontro.

O presidente da Conib, em seu discurso contundente, disse: “ Se estamos hoje estamos aqui é porque não queremos somente recordar um momento trágico no contexto da comunidade judaica Argentina mas principalmente porque queremos evocar pela justiça que até o presente momento não se mostrou apta para esclarecer uma ação terrorista que envergonha o mundo contemporâneo”. Lottenberg continuou: “Ao longo dos anos, este caso foi marcado por acusações e encobrimentos. Todos os suspeitos da “conexão local” (entre eles, muitos membros da Polícia Provincial de Buenos Aires) não foram culpados e eu os pergunto: ate quando? Ate quando a sociedade mundial e a sociedade Argentina poderá permitir isto?”

A abertura ficou a cargo do presidente do CJL, o brasileiro Jack Terpins que, em sua fala, também lembrou que a causa da AMIA, cuja sede, em Buenos Aires, foi alvo de um ataque terrorista em 18 de julho de 1994, com um saldo devastador de 85 mortos e mais de 300 feridos, permanece impune.

Arthur Lira, assim como seus homólogos, falou da importância de os países da América Latina se manterem alertas e intolerantes na luta contra o flagelo do terrorismo. Ele lembrou como o Brasil, assim como outros países da região, acolheu povos fugidos de perseguições e em busca de paz e ofereceu oportunidade para que recomeçassem suas vidas.

O objetivo do encontro não foi só o de render homenagem às vítimas do atentado, mas também a de promover iniciativas contra o terrorismo. Uma declaração o terrorismo, assinada pelos parlamentares e pelas lideranças judaicas foi lida ao final da cerimônia. No documento, os signatários comprometem o seu esforço “para combater o terrorismo internacional, assegurando marcos legais para proteger a vida dos cidadãos e salvaguardando os valores dos povos ante a ameaça de destruição, ódio e morte que organizações terroristas semeiam. E neste mesmo mesmo espírito, rechaçamos também toda forma de discriminação, racismo, xenofobia e antissemitismo”.