Vereador Arlindo Barros e o cônsul Ilan Sztulman

Os crimes cometidos durante o holocausto devastaram a maioria das comunidades judaicas na Europa, chegando quase ao ponto da total eliminação. Alguns sobreviventes vieram ao Brasil para recomeçar a vida depois desse fato que marcou negativamente a história mundial.

Visando relembrar as vítimas desse massacre, o vereador santista Arlindo Barros (PSDB) conferiu uma placa em homenagem às famílias dessas pessoas e aos 63 anos da criação do Estado de Israel. Estiveram presentes na solenidade Ilan Sztulman, cônsul geral de Israel, Ricardo Berkiensztat, vice-presidente executivo da Federação, Wolf Kos, cujo pai foi morto nos campos de concentração, além da assessora de relações internacionais de Santos, Maria Luiza Justo Nascimento. A sessão solene foi a primeira realizada no Castelinho, nova sede da Câmara Municipal de Santos.

Durante os seis anos da Segunda Guerra Mundial foram assassinados pelos nazistas aproximadamente seis milhões de judeus, incluindo um milhão e meio de crianças, representando um terço do povo judeu naquela época. “Foi um momento inexplicável e de perseguição a uma população que não fez nada para que fosse castigada”, explicou o vereador Arlindo Barros.

Para Barros, a homenagem é uma forma da população mundial pedir perdão pelos erros da guerra. “Poder encontrar amigos judeus cujos parentes morreram na guerra é um marco único em Santos. E a entrega da placa é um singelo gesto de carinho a todos eles”.

A solene contou ainda com a participação do coral do Centro Cultural Israelita Brasileiro de Santos, e com a presença dos assessores executivos da Federação, Jairo Roizen e Marcelo Secemski e da jornalista Glorinha Cohen.

Israel comemora 63 anos de independência devido à resolução da ONU de 1947, estabelecendo o Estado Judeu, a ser conhecido como Estado de Israel.

A declaração de independência vinha como base para a manutenção de um Estado Judeu democrático que iria assegurar igualdade entre seus cidadãos, independente de religião, raça, sexo ou racionalidade. A declaração da independência define explicitamente que o Estado de Israel permanecerá aberto para a imigração judaica e para o regresso dos exilados.

Sob esse principio, a Lei do Retorno estabelece o direito de qualquer judeu de se assentar em Israel. “Por isso além das vítimas do holocausto, a homenagem se estenderá ao país que recebe de braços abertos o povo judeu”.

Entre os parentes das vítimas do holocausto está Wolf Kos, presidente do Instituto Olga Kos de inclusão cultural, cujo pai foi morto no campo de concentração. Além disso, foram homenageados a jornalista Glorinha Cohen, e outros grupos e religiões que sofreram com o holocausto como ciganos, negros, Testemunhas de Jeová e homossexuais. “A guerra ficou marcada pelo assassinato dos judeus. Mas merecem nossa homenagem as outras vítimas que foram exterminadas na Segunda Guerra”, conclui Barros.

Coral do Centro Cultural Israelita Brasileiro de Santos

 

Ricardo Berkiensztat, Ilan Sztulman, Maria Luiza Justo Nascimento e Arlindo Barros