O vereador Adilson Amadeu teve sua condenação mantida, por racismo contra a comunidade judaica, em segunda instância.
Nesta terça-feira, 03 de junho, a 16ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a condenação do vereador Adilson Amadeu por prática racista, em decorrência de ação promovida pela Federação Israelita do Estado de São Paulo (FISESP). Amadeu já havia sido condenado anteriormente, tanto em 1ª quanto em 2ª instância, por injúria racial ao ofender o então vereador Daniel Annenberg, chamando-o de “judeu fdp”.
Agora, Amadeu foi novamente condenado, desta vez por propagar mensagens de ódio, intolerância e antissemitismo em um grupo de WhatsApp.
Em um áudio divulgado pela imprensa, ele declarou: “…que é uma puta de uma sem-vergonhice, que eles querem que quebra todo mundo, para todo mundo ficar na mão do grupo de quem?! Infelizmente os JUDEUS…eu to até respondendo um processo, porque quando entra Albert Einstein e grupo Lide é que tem sem-vergonhice grande, grande. Sem-vergonhice de grandeza, de grandeza que eu nunca vi na minha vida” (sic).
Mesmo após tais declarações, Amadeu jamais se desculpou por seu preconceito. Embora seja provável que o vereador, candidato a reeleição, recorra novamente, esta é a segunda condenação em 2a instância, por crimes raciais. Aguardam-se providências da Justiça Eleitoral e da Corregedoria da casa legislativa.
O advogado Daniel Bialski, que representou a FISESP, juntamente com os advogados Victor e André Bialski comentou: “Ações antissemitas praticadas por quem quer que seja, como no caso desse político, são e serão punidas porque o discurso de ódio contra qualquer minoria é crime de racismo. Felizmente, nossa Justiça dá o exemplo e não deixa esses estultos impunes.”